Um estudo conduzido por pesquisadores americanos e holandeses sugere que a acupuntura pode aumentar em até 65% as chances de sucesso dos tratamentos de fertilização in vitro (FIV). Os especialistas, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, e da VU University, na Holanda, basearam-se em sete outros estudos que totalizaram 1.366 mulheres. Ao analisar o índice de gravidez, os pesquisadores observaram que a acupuntura coadjuvante à FIV aumenta em 65% as chances de engravidar. Nos estudos selecionados, o método foi aplicado até um dia antes ou após o embrião ser transferido ao útero.
"As pacientes que a utilizam podem ser beneficiadas nos tratamentos de reprodução assistida, já que a acupuntura aumenta o fluxo sanguíneo nos órgãos reprodutivos e pode amenizar o estresse relacionado ao processo", afirma Dr. Eduardo Miyadahira, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington, um dos maiores centros de medicina reprodutiva do Brasil.
Nos casos de reprodução assistida, a acupuntura pode ser iniciada em qualquer momento do tratamento e principalmente na transferência dos embriões. Além de ajudar na formação e amadurecimento dos óvulos, auxilia na diminuição da tensão e da ansiedade, agravadas pelo próprio processo ao qual a paciente está sendo submetida. Após o tratamento da infertilidade, a terapia alternativa pode ainda amenizar os incômodos da gravidez.
"Quem tem hipertensão, uma das maiores causas de complicações no último trimestre da gestação, pode ser beneficiada, pois a estimulação de determinados pontos auxilia na manutenção da pressão arterial em níveis adequados. Enjôos e gastrites também podem ser amenizados", esclarece Dr. Eduardo Miyadahira.
Por outro lado, é preciso entender que a acupuntura não faz milagres. No caso de mulheres com obstrução nas tubas uterinas, que não fabricam mais óvulos ou com qualquer alteração anatômica, como útero septado, o especialista acredita que as terapias alternativas devem ser usadas somente como complemento dos processos de reprodução assistida convencionais. O mesmo serve para homens com baixa contagem ou sem espermatozóides e para aqueles que apresentam ejaculação retrógrada (quando o esperma vai para a bexiga no momento da ejaculação).
“Esse tipo de tratamento deve ser utilizado apenas como complemento aos métodos convencionais de reprodução assistida. Por se tratar de técnica com raras complicações, as pacientes devem ter acesso e informações desse possível benefício", afirma.
Dr. Eduardo Miyadahira, especialista em reprodução humana do Grupo Huntington de Medicina Reprodutiva
Fonte: www.plenamulher.com.br
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