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São Caetano do Sul, São Paulo, Brazil
Formado em Biomedicina pela Universidade de Mogi das Cruzes - 1987. Possui Especialização em Acupuntura Chinesa pela Escola Brasileira de Medicina Chinesa (EBRAMEC) - 2010. Qualificado em Acupuntura Dermato Funcional pela EBRAMEC - 2008, Analgesia Local e Sistêmica por Acupuntura pela EBRAMEC - 2010. Reikiano nível III. Atua como ACUPUNTURISTA em Consultório próprio de Acupuntura Sistêmica e Estética na cidade de São Caetano do Sul, SP. Também atua em Análises Clínicas no Laboratório Municipal de Diadema.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Acupuntura é uma alternativa no tratamento de dores crônicas, diz estudo.


Método da medicina tradicional chinesa já é reconhecido pela ciência.

A acupuntura é uma técnica terapêutica de origem chinesa e a cada dia ganha  mais o aval da ciência, que vem comprovando sua eficácia. No estudo “Efeito da craniopuntura na qualidade de vida e melhora da dor crônica”, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) e do Instituto Brasileiro de Terapias e Ensino (IBRATE), explicam que os efeitos benéficos da terapia incluem: melhora da oxigenação celular e das trocas metabólicas pelo aumento do aporte sanguíneo local; ativação do sistema imunológico; aumento do fluxo linfático local e analgesia e relaxamento muscular, por liberação de serotonina e opiáceos (endorfina, encefalina, dinorfina).

O estudo, publicado nos Arquivos de Ciências da Saúde, em agosto de 2009, mostra também que a técnica traz efeitos neurobiológicos, atuando, por exemplo, nos neurotransmissores relacionados à dor e à depressão. “Esse fato qualifica o método como útil e adequado na terapêutica da dor crônica, uma vez que a sensação de dor é desencadeada pelo bloqueio da circulação fisiológica de substâncias essenciais, pelos meridianos de acupuntura”, explicam Fernanda Bollini e Silva e colegas.
A dor crônica, caracterizada por ter uma duração maior que a dor aguda, se ocorrer somente devido a alguma doença orgânica, pode ser efetivamente curada ao se tratar a doença. Porém, o estudo mostra que a dor crônica pode estar envolvida a fatores psicossociais, que interferem no mecanismo de ativação do sistema morfínico. “Por esse motivo, diversas técnicas alternativas de tratamento têm sido reconhecidas nos últimos anos, entre elas, a craniopuntura”, explicam os autores.

Segundo a técnica, a cabeça é dividida por uma linha vertical que passa pelo ápice da orelha. A parte anterior é Yin e a posterior é Yang, sendo que para problemas Yang (dor), procuram-se pontos na região Yin; e para problemas Yin (paralisia), procuram-se pontos na região Yang. Os pontos podem ser localizados por palpação, detecção eletrônica, teste neuromuscular ou radiestesia. Os pesquisadores dizem que, quando os pontos são estimulados, espera-se ocorrer melhora mínima de 80%.

O presente estudo aplicou a técnica em oito pessoas com lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Esses problemas são caracterizados por sinais e sintomas de inflamações dos músculos, tendões, fáscias e nervos, principalmente dos membros superiores, cintura escapular e pescoço.

A avaliação dos voluntários foi feita durante e após dez sessões de terapia. As agulhas foram inseridas na cabeça, no lado em que o indivíduo relatasse mais dor após a palpação dos pontos. “Pontos doloridos da cabeça servem de indicadores diagnósticos e também como pontos de tratamento. Quando tais pontos são estimulados, deverá ocorrer alívio imediato da dor”, mostra o estudo.

Eles observaram que as primeiras sessões contribuíram de forma acentuada na melhora dos indivíduos e que as sessões seguintes contribuíram de maneira mais lenta, caminhando para manutenção do quadro. “Os voluntários sentiam dores de cabeça, região lombar, nos ombros, no punho, entre outros locais. Com o tratamento, todos eles relataram melhora em sua condição clínica geral”, aponta o estudo.

Melhoras também foram observadas em relação ao humor e bem-estar das pessoas. “Devido ao fato de a acupuntura ver o indivíduo como um todo e não separar o corpo humano por segmentos, tal técnica tem sido muito utilizada não somente na amenização de dores crônicas, mas também para relaxamento e diminuição de tensão”, esclarecem os autores.
Agência Notisa

Acupuntura na terceira idade.


Há séculos a medicina tradicional chinesa (MTC) preocupa-se com o envelhecimento. O envelhecimento constitui num processo de mudanças progressivas que vai desde o declínio fisiológico gradual ao aumento de doenças que acomete o organismo paralelamente. Este processo é acompanhado por déficit funcional progressivo de vários sistemas orgânicos, sendo maior a incidência de várias doenças em pessoas com mais de 60 anos. O organismo do idoso tem menor capacidade de adaptação e demora mais tempo para recuperar-se.
A terceira idade é o grupo populacional que mais cresce nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A acupuntura potencialmente teria um papel importante no tratamento do idoso, o método, não tem contra-indicação e apresenta diversos benefícios aos pacientes da terceira idade. Auxilia na diminuição da dor, melhora a capacidade funcional, equilibra o sono e o humor, fortalece o organismo, propicia maior qualidade de vida. Devido ao fato de o idoso apresentar múltiplas queixas relacionadas a vários órgãos e de, com freqüência, ter mais de uma doença, com a acupuntura, o idoso passa a consumir menos medicamentos, evitando os efeitos colaterais indesejáveis.
Destacamos três áreas de atuação da acupuntura em geriatria: dor, reabilitação de AVC e terapia adjuvante em doenças diversas, como depressão, câncer e doenças respiratórias. A dor é uma das queixas mais comuns de idosos relatadas durante consultas médicas. Pacientes acima de 60 anos queixam-se duas vezes mais de dor. O tratamento da dor tem como objetivos clínicos: tratar especificamente sua causa, reduzir a dor, melhorar a capacidade funcional, o sono, o humor e a socialização do paciente. Na seleção dos tratamentos é de suma importância considerar a causa e o mecanismo fisiopatológico envolvido, o estado funcional e emocional do paciente, suas condições clínicas e doenças associadas. A acupuntura pode ser uma grande aliada da saúde e da qualidade de vida, pois ativa o funcionamento dos órgãos, de acordo com o biorritmo de cada indivíduo.
Ter uma vida longa e saudável não é nenhum mistério e está ao alcance de qualquer pessoa disposta a seguir uma dieta equilibrada, fazer exercícios físicos regulares, manter e manter a mente em equilíbrio. 

 

segunda-feira, 14 de março de 2011

A PRIMEIRA CONSULTA A UM ACUPUNTURISTA

Ao entrar pela primeira vez no consultório de um acupunturista você encontrará um
ambiente diferente daquele dos médicos a que está acostumado. Ao invés de quadros
ou posters de anatomia e propaganda de remédios verá mapas corporais pelas
paredes. Tais mapas, indicando linhas espalhadas da cabeça aos pés e salientando
uma infinidade de pontos, ajudam o profissional a encontrar o exato local de inserção
de uma agulha, servindo para uma referência visual.
O ambiente pode não ser clean, a sala poderá ostentar um vaso de plantas, sofás e
poltronas, estante de livros e alguns objetos de adorno, quadros com temáticas
orientais, além de pedras, aquários etc. Acupunturistas gostam muito de coisas vivas
ao redor de si e, também, de objetos de inspiração.
A entrevista é igualmente diferente. Ele lhe perguntará sobre uma série de itens que,
aparentemente, nada possuem em comum com a queixa que você está apresentando.
Quase que invariavelmente ele lhe questionará sobre diversos de seus sistemas
fisiológicos. Se sente calor ou frio. Como se alimenta, quanta água bebe, como é seu
sono, como reage emocionalmente frente a esta ou aquela situação. Tais quesitos não
implicam em invasão de privacidade, mas, ao contrário, contribuem para a confecção
de seu retrato energético.
Isso não leva menos que meia hora. Em seguida ele passará à avaliação física. Dois
aspectos (entre outros) serão, certamente, levados a efeito: a inspeção da língua e a
tomada de pulsos. A primeira visa recolher informações sobre seu estado interno, uma
vez que a língua apresenta sinais e referências; a tomada de pulsos não tem o escopo
de dimensionar seus batimentos cardíacos, mas objetiva detectar o estado de seus
meridianos de energia.
Em cada munheca são observados seis meridianos, três no nível superficial e três no
profundo. O acupunturista poderá complementar a avaliação tocando alguns pontos -
normalmente na região do tórax e ventre - e, em seguida, recorrer à palpação de
regiões menores. Aqueles que praticam também a auriculoterapia inspecionarão suas
orelhas; os que utilizam a iridiologia consultarão seus olhos; e assim por diante. Um
teste comum, praticado para a Acupuntura Constitucional, será o de pedir-lhe para
segurar vidrinhos com sementes e utilizar um manômetro para aferir seu grau de
rejeição ou afinidade a certos tipos de alimentos.
Ao final de todos estes procedimentos não pergunte "afinal, o que eu tenho?" -
aguardando um diagnóstico ocidental. Se a resposta for: "você está com Fogo do
Fígado em ascendência" ou "Calor-Umidade invadindo o Aquecedor Médio" não vá
pensar que tenha se transformado num dragão ou numa chaleira! As síndromes
energéticas não visam estabelecer correlações com o repertório de doenças ocidentais;
sendo elas classificadas e nominadas dentro dos padrões clássicos da MTC. Para você
tais denominações podem não fazer muito sentido, mas para o profissional elas
constituem-se em referencias indispensáveis.
E agora, depois que você se deitou na maca e aguarda sua primeira sessão de agulhas,
não se impressione se o acupunturista consultar mapas, tabelas ou recorrer a livros de
consulta. Ele está, apenas, calculando qual esquema de pontos vai eleger para seu
tratamento. Existem muitos modos de efetuar esta combinação e, cada caso e cada
paciente, solicitam a que lhe é mais apropriada, em função das informações colhidas
ao longo da avaliação.
"As agulhas doem?" - você deve estar se perguntando. "Não" - é a resposta. Os pontos
de acupuntura possuem baixa impedância elétrica; ou seja, são locais naturalmente
menos propensos à dor que outras regiões corporais. Não se lembre, também, daquela
última picada de injeção que levou. A agulha de acupuntura é dez vezes mais delgada
e maciça, não injetando nenhum líquido. A punção, realizada por um profissional
hábil, raramente causa dor. E, se alguma sensação sobrevir, esta pode ser a de um
formigamento, peso ou latejamento, nada comparáveis com a espetada da injeção.
Pode, portanto, relaxar e aproveitar ao máximo a energia circulando em seu
organismo. Será ela quem promoverá seu restabelecimento e ajudará sua saúde.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Acupuntura pode ajudar a romper ciclo de infecções urinárias.






 NOVA YORK (Reuters Health) - As mulheres que já experimentaram crises repetidas de infecções do trato urinário podem tentar usar a acupuntura para prevenir novos episódios, sugere um novo estudo.

Terje Alraek e colaboradores, da Universidade de Bergen, na Noruega, descobriram que pacientes com infecções recorrentes tratadas com acupuntura apresentavam 50 por cento menos chances de ter outra infecção durante os 6 meses seguintes ao tratamento, quando comparadas às que não haviam sido submetidas às agulhas.

"Nossos resultados, assim como estudos anteriores, indicam que o tratamento com acupuntura pode ser eficaz na prevenção desse tipo de infecção", escreveram Alraek e colaboradores na edição de outubro do American Journal of Public Health.

"Parece valer a pena tentar usar a acupuntura como tratamento preventivo", afirmou Alraek à Reuters Health

As infecções urinárias afetam cerca de 11,3 milhões de mulheres por ano somente nos EUA. Aproximadamente 6 por cento das mulheres adultas experimentam pelo menos três episódios desse problema doloroso a cada ano.

As infecções são freqüentemente tratadas com antibióticos, e as pacientes que as manifestam com muita freqüência tomam os remédios para preveni-las antes que ocorram. Um ciclo de infecções recorrentes poderia contribuir para o crescente problema da resistência aos antibióticos.

A acupuntura, uma terapia que surgiu na China há mais de 2.000 anos, envolve a colocação de agulhas finas em pontos específicos na superfície corporal. A teoria tradicional afirma que esses pontos conectam-se com "caminhos" de energia, ou meridianos, que correm ao longo do corpo. A acupuntura ajuda a manter essa energia natural fluindo de maneira uniforme.

Pesquisas anteriores também sugeriram que as agulha podem ajudar a afastar futuras infecções urinárias em mulheres propensas, reduzindo a taxa de infecção em cerca de dois terços.

No atual estudo, a equipe de Alraek investigou os benefícios da acupuntura em um grupo de 94 voluntárias, todas já tendo sofrido pelo menos três infecções durante os últimos 12 meses. Pelo menos dois dos episódios foram diagnosticados e tratados por um médico como infecção do trato urinário.

Sessenta e sete das mulheres foram tratadas com acupuntura duas vezes por semana durante quatro semanas.

Os pesquisadores descobriram que 73 por cento das mulheres que foram tratadas com acupuntura permaneceram livres de infecções durante seis meses após o tratamento contra 52 por cento daquelas que não foram submetidas às agulhas. Essa diferença é traduzida em um risco 50 por cento menor de sofrer outra infecção durante um período de 6 meses, relataram Alraek e colaboradores.

Alraek disse à Reuters Health que as pacientes tratadas com acupuntura mostraram uma redução de 50 por cento na urina retida na bexiga após a micção, enquanto os níveis de urina residual pareceram não sofrer alteração naquelas que não foram tratadas com acupuntura. A urina residual é um fator de risco para infecções recorrentes.

Consequentemente, o pesquisador sugeriu que a acupuntura pode tratar mulheres com infecções do trato urinário recorrentes por meio da redução dos níveis de urina residual. "A milenar teoria médica chinesa teria utilizado outros termos para descrever essa alteração", observou Alraek. "Uma possibilidade seria a melhor circulação do qi (energia) no baixo abdome".

Fonte: American Journal of Public Health 2002; 92: 1609-1611.

Acupuntura: melhor na prevenção ou na cura.

Artigo de Marcos Hourneaux.

     Existem três situações clínicas em que a Acupuntura atua com ótimos resultados:
a - quando a patologia está em estado crônico, a técnica atua de forma extraordinária, pois muitas vezes o paciente se encontra em estado debilitado, os medicamentos alopáticos já não estão fazendo mais efeito e, nesses casos, sua aplicação atinge os resultados desejados.

b - nas situações agudas encontra-se uma vasta literatura documentando os extraordinários sucessos desta técnica, em hospitais chineses; porém, o Brasil não oferece condições de tratamento para estes casos, a não ser que não haja risco de morte.

c - em casos terminais, quando muitas vezes já não há muito o que fazer, mas mesmo assim o indivíduo pode encontrar alívio de sintomas físicos e emocionais com sua utilização.

      Porém, existe uma quarta situação clínica onde a Acupuntura é imbatível. Na situação preventiva, por meio de processos diagnósticos característicos da Medicina Tradicional Chinesa (M.T.C.), o profissional pode detectar, muitas vezes com grande antecedência, situações que poderão evoluir para uma condição clínica instável, podendo assim atuar de forma preventiva para minimizar a até interromper o processo. Poucas técnicas medicinais oferecem esta capacidade, já que a M.T.C. também prescreve dieta e exercícios específicos além de fitoterápicos para cada caso.

Fonte: Revista Merc News. Ed. 188. 03/2011