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São Caetano do Sul, São Paulo, Brazil
Formado em Biomedicina pela Universidade de Mogi das Cruzes - 1987. Possui Especialização em Acupuntura Chinesa pela Escola Brasileira de Medicina Chinesa (EBRAMEC) - 2010. Qualificado em Acupuntura Dermato Funcional pela EBRAMEC - 2008, Analgesia Local e Sistêmica por Acupuntura pela EBRAMEC - 2010. Reikiano nível III. Atua como ACUPUNTURISTA em Consultório próprio de Acupuntura Sistêmica e Estética na cidade de São Caetano do Sul, SP. Também atua em Análises Clínicas no Laboratório Municipal de Diadema.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A PRIMEIRA CONSULTA A UM ACUPUNTURISTA

Ao entrar pela primeira vez no consultório de um acupunturista você encontrará um
ambiente diferente daquele dos médicos a que está acostumado. Ao invés de quadros
ou posters de anatomia e propaganda de remédios verá mapas corporais pelas
paredes. Tais mapas, indicando linhas espalhadas da cabeça aos pés e salientando
uma infinidade de pontos, ajudam o profissional a encontrar o exato local de inserção
de uma agulha, servindo para uma referência visual.
O ambiente pode não ser clean, a sala poderá ostentar um vaso de plantas, sofás e
poltronas, estante de livros e alguns objetos de adorno, quadros com temáticas
orientais, além de pedras, aquários etc. Acupunturistas gostam muito de coisas vivas
ao redor de si e, também, de objetos de inspiração.
A entrevista é igualmente diferente. Ele lhe perguntará sobre uma série de itens que,
aparentemente, nada possuem em comum com a queixa que você está apresentando.
Quase que invariavelmente ele lhe questionará sobre diversos de seus sistemas
fisiológicos. Se sente calor ou frio. Como se alimenta, quanta água bebe, como é seu
sono, como reage emocionalmente frente a esta ou aquela situação. Tais quesitos não
implicam em invasão de privacidade, mas, ao contrário, contribuem para a confecção
de seu retrato energético.
Isso não leva menos que meia hora. Em seguida ele passará à avaliação física. Dois
aspectos (entre outros) serão, certamente, levados a efeito: a inspeção da língua e a
tomada de pulsos. A primeira visa recolher informações sobre seu estado interno, uma
vez que a língua apresenta sinais e referências; a tomada de pulsos não tem o escopo
de dimensionar seus batimentos cardíacos, mas objetiva detectar o estado de seus
meridianos de energia.
Em cada munheca são observados seis meridianos, três no nível superficial e três no
profundo. O acupunturista poderá complementar a avaliação tocando alguns pontos -
normalmente na região do tórax e ventre - e, em seguida, recorrer à palpação de
regiões menores. Aqueles que praticam também a auriculoterapia inspecionarão suas
orelhas; os que utilizam a iridiologia consultarão seus olhos; e assim por diante. Um
teste comum, praticado para a Acupuntura Constitucional, será o de pedir-lhe para
segurar vidrinhos com sementes e utilizar um manômetro para aferir seu grau de
rejeição ou afinidade a certos tipos de alimentos.
Ao final de todos estes procedimentos não pergunte "afinal, o que eu tenho?" -
aguardando um diagnóstico ocidental. Se a resposta for: "você está com Fogo do
Fígado em ascendência" ou "Calor-Umidade invadindo o Aquecedor Médio" não vá
pensar que tenha se transformado num dragão ou numa chaleira! As síndromes
energéticas não visam estabelecer correlações com o repertório de doenças ocidentais;
sendo elas classificadas e nominadas dentro dos padrões clássicos da MTC. Para você
tais denominações podem não fazer muito sentido, mas para o profissional elas
constituem-se em referencias indispensáveis.
E agora, depois que você se deitou na maca e aguarda sua primeira sessão de agulhas,
não se impressione se o acupunturista consultar mapas, tabelas ou recorrer a livros de
consulta. Ele está, apenas, calculando qual esquema de pontos vai eleger para seu
tratamento. Existem muitos modos de efetuar esta combinação e, cada caso e cada
paciente, solicitam a que lhe é mais apropriada, em função das informações colhidas
ao longo da avaliação.
"As agulhas doem?" - você deve estar se perguntando. "Não" - é a resposta. Os pontos
de acupuntura possuem baixa impedância elétrica; ou seja, são locais naturalmente
menos propensos à dor que outras regiões corporais. Não se lembre, também, daquela
última picada de injeção que levou. A agulha de acupuntura é dez vezes mais delgada
e maciça, não injetando nenhum líquido. A punção, realizada por um profissional
hábil, raramente causa dor. E, se alguma sensação sobrevir, esta pode ser a de um
formigamento, peso ou latejamento, nada comparáveis com a espetada da injeção.
Pode, portanto, relaxar e aproveitar ao máximo a energia circulando em seu
organismo. Será ela quem promoverá seu restabelecimento e ajudará sua saúde.

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